terça-feira, 20 de março de 2012

futebol


Não sou um desses torcedores, muito espertos eles, que chamam o uniforme de manto sagrado e dizem que morreriam pelo time. Isso simplesmente não entra na minha cabeça. Eu tenho um time, mas torcer não me agrega nada além da possibilidade de um ataque cardíaco ou derrame. Muitas cenas de filmes de ação se passaram pela minha cabeça quando me encontrei num ônibus tomado por uma torcida organizada há uns dois anos em BH. Mas eu divago...

Em Minas, temos dois times de relevância: Atlético e Cruzeiro.
Me desculpe, América, mas não podemos viver de passado =)
Eu sinto que as ofensas que torcedores dos times proferem contra os rivais estão ficando cada vez mais desrespeitosas e, ultimamente, essas ofensas ganharam conotação feminina, mesmo que sejam insinuações sobre a sexualidade dos rivais.
Os cruzeirenses chamam os atleticanos de frangas, galinhas, gaylo, etc etc. Os atleticanos rebatem com 'as marias' quando se referem aos cruzeirenses, e 'crugayro'.

Eu pude presenciar algumas amigas (ou contatos) no Facebook protagonizarem um dos momentos mais irônicos da minha semana. Elas, atleticanas ou cruzeirenses empenhadas na defesa da honra do time, postaram 'chupa frangas' ou 'chupa marias' e derivados.

Quando ofendemos, dizemos coisas que nem sempre concordamos para que a pessoa se sinta mal, usando vocabulário derrogatório e todas as ferramentas que temos para cumprir o objetivo. O problema é que as referidas amigas quiseram ofender os rivais comparando-os à mulheres, o que, intrínseco na ofensa, é um ser medíocre, fraco e passível de desprezo.
Mal sabem elas que quando ofenderam os rivais, ofenderam também todas as mulheres do mundo. Ou que quando se pronunciam a favor de direitos iguais, fim do abuso pelos homens e lutam por respeito, elas fazem exatamente o contrário ao usar o feminino como algo depreciativo.
E mal sabem elas que são mais machistas que muitos homens...
Olé!

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